CDL Três Rios orienta consumidores sobre riscos de comprar com nome emprestado

Um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todo o país, divulgado no início da semana, mostrou que pedir o nome emprestado para realizar compras é um hábito comum do brasileiro. A pesquisa revelou que 39,8% dos consumidores brasileiros já pediram o nome emprestado a outras pessoas para fazer compras a crédito. Os dados mostram, ainda, que a prática é mais comum por mulheres (43,9%) e pessoas das classes C, D e E (42,7%).

“Essa prática é muito utilizada quando o consumidor passa por situações emergenciais e está sem reserva financeira ou com dificuldade de acesso ao crédito”, aponta o presidente da CDL Três Rios, Ricardo Rocha. Além dos motivos citados, a pesquisa ainda mostrou que o fato de não possuírem cartão ou cheque e terem extrapolado o limite de crédito nessas modalidades são outras razões para a prática.

Pais, irmãos, cônjuges, amigos e colegas de trabalho são, normalmente, quem empresta o nome para o consumidor. Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, “a proximidade da relação acaba sendo um dos fatores de constrangimento para a recusa do pedido de empréstimo de nome”.

A CDL Três Rios orienta as duas partes, tanto quem pede o nome emprestado e quem empresta o nome. “A pessoa que empresta o nome precisa saber que a responsabilidade da dívida será dela, afinal é quem está formalmente como titular da compra. Portanto, se aquele compromisso não for assumido pelo comprador, as consequências jurídicas serão arcadas por quem emprestou”, ressalta Leonardo Coelho, diretor da entidade.

Ricardo Rocha aconselha que, ao passar por dificuldades financeiras, o consumidor prefira buscar outras alternativas. “O ideal é que, antes de tudo, cada um conquiste sua autonomia financeira. Sabemos que o momento econômico ainda é delicado, mas é importante buscar meios para realizar compras com o próprio nome. Do contrário, há riscos de, ao não conseguir honrar com o compromisso assumido, causar dores de cabeça a quem fez a gentileza de emprestar o nome”, finaliza o presidente.

Fonte: Frederico Nogueira/ASCOM CDL Três Rios